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Bate-bola com Daniela e Gabriela Arantes

Conheça a história das gêmeas que estão revolucionando o mercado de golfe no Brasil. Jogamos 18 buracos na Fazenda Boa Vista e conversamos com as atletas e empresárias Dani e Gabi Arantes sobre a trajetória da Tiro Certo

QR: Gabi, como o golfe surgiu na vida de vocês?

TC: O esporte sempre esteve presente na nossa vida. Nosso pai sempre incentivou muito a prática de esporte, mas o nosso principal esporte até os 20 anos foi o futebol. Depois corremos maratonas, jogamos tênis segunda classe, enfim, praticamos qualquer tipo de esporte. Quando casamos, inclusive esse evento aconteceu junto também, como tudo que fazemos (risos), a Dani ganhou de presente de casamento do sogro um título do São Fernando Golf Club. Ela entendeu que estava ganhando o título de um clube convencional, só que ela não sabia que por lá só teria o campo de golfe e uma piscina. Foi uma surpresa, porque ela percebeu que teria que começar a praticar um novo esporte, mas não imaginava como, então marcou uma aula experimental. Durante a aula, o professor comentou: “É, vai dar para você empurrar bolinha para agradar seu sogro e seu marido”. E a Dani respondeu: “Você entendeu tudo errado. Eu não quero agradar meu sogro e meu marido, eu quero ser a melhor jogadora do clube”. E ela se dedicou e progrediu muito rápido, logo se tornou a única vencedora do São Fernando Golf Club, nos últimos 6 anos. E eu continuava me negando a jogar, e ela me falava: “Vem jogar, é legal.” E eu falava: “Não, não vou jogar.” Nessa época, eu estava treinando para ultramaratona, uma das duas que eu participei com mais de 90 quilômetros. Uns anos depois, quando a gente engravidou, porque a gente também engravidou juntas (risos), tivemos filhos e começamos a passar os finais de semana na casa do sogro da Dani, que morava nesse condomínio de golfe que já comentei. O marido dela convenceu o meu a jogar, e o meu marido ficou encantado e queria me convencer a virar sócia do clube. E eu falei: “Olha, se você gostou muito, super te apoio, mas não conta comigo”. E durante os meus primeiros três meses de sócia de um clube de golfe, eu me recusava a jogar. E aí, uns três meses depois, eu estava cansada de ficar correndo em volta do condomínio, ficar nadando, jogando tênis e eu pensei: “Vou experimentar”. E é um caminho sem volta. É muito desafiador! Você quer, de qualquer jeito, acertar aquela bolinha. O golfe é muito peculiar.

QR: Dani, quando vocês perceberam que gostariam de trabalhar com golfe?

TC: Quando comecei a jogar, queria melhorar a qualquer custo. Nessa época, nós já tínhamos a nossa empresa de personal trainer e comecei a inventar alguns exercícios que pudessem melhorar o desempenho no jogo, como rotações, mobilidade, equilíbrio, e fui melhorando muito rápido. Até os sócios da empresa, que são nossos amigos, começaram a pedir para irmos na casa deles, fazer esses treinos. Foi quando percebi uma carência do mercado: simplesmente melhorar o golfe dessas pessoas. Assim, eu comecei a atender as pessoas e pedi ajuda para a Gabi, mesmo ela não jogando golfe, pois sozinha eu não daria conta. Minha irmã, ainda com um pouco de preconceito com o esporte, aceitou e começou a trabalhar com os golfistas também, a partir dos meus ensinamentos. Nesse período, resolvemos ir para Nova York fazer um curso de especialização da Titleist Performance Institute, que é uma das maiores referências de golfe no mundo. Nós duas fizemos o curso, voltamos com a certificação e já tínhamos certeza do que a gente queria, porque estávamos com as nossas agendas lotadas, então queríamos ter um espaço para receber as pessoas. E foi assim que começou a ideia da academia. A primeira academia tinha 35 metros quadrados.

QR: Gabi, como começou o projeto do Tiro Certo?

TC: Logo que nosso pai faleceu, a gente ainda estava no primeiro ano da faculdade e a Dani já estava namorando o atual marido dela. Ele tem uma administradora que arrenda flats e hotéis. Justo nessa época, ele arrendou um hotel em Boituva, que estava precisando de uma equipe de recreação. Assim, eu, Dani e o Felipe – marido da Daniela – decidimos abrir uma equipe de recreação. Sem a menor experiência, nem risada a gente dava naquela época, era tudo muito sofrido. E assim, formamos uma equipe de recreação e não sabemos muito bem por que cargas d’água falamos: “Vamos chamar de Tiro Certo Esporte e Lazer”. Então, criamos nosso primeiro CNPJ. E ficamos trabalhando na recreação, fizemos nossa equipe e foi super legal o trabalho. E aí, anos depois, com essa ideia de abrir a academia de golfe, já tendo uma empresa que chamava Tiro Certo Esporte e Lazer, a gente teve esse insight de Tiro Certo e tinha tudo a ver com golfe e com o que a gente buscava. Então, foi coisa do destino: há 20 anos, sem ter a menor noção de que a gente jogaria golfe, criamos essa empresa que chamava Tiro Certo.

QR: Dani, por que construir uma academia na Faria Lima?

TC: Porque lá está a maior parte dos nossos clientes. São empresários, executivos de bancos, de fundos de investimento, e advogados. Não falo só de homens, mas de suas esposas e grandes executivas também. Então, achamos que era uma super região para a gente criar esse nosso novo projeto. Nossa academia já estava precisando de mais espaço, o local já não comportava mais as nossas necessidades de hoje. O esporte evoluiu bastante e as ferramentas de trabalho também. E, acho que, realmente, se não fosse na Faria Lima, uma operação desse tamanho que estamos fazendo, não sei se fecharia a conta, porque localização é crucial para essa tomada de decisão. Vocês, que atuam no mercado imobiliário, sabem muito bem disso. Nossa nova academia ficará em um ponto estratégico no novo centro financeiro de São Paulo, onde todo mundo passa, independentemente de trabalhar ou não por lá. Além disso, precisávamos de espaço para comportar todos os aparelhos e plataformas tecnológicas que precisamos.

QR: Gabi, qual a importância de desenvolver as habilidades do esporte desde a juventude?

TC: Assim como nos outros esportes, quanto mais cedo você começar a praticar o golfe, melhor será o seu desempenho e sua habilidade técnica. Isso está muito relacionado com as janelas de oportunidades que nós temos na juventude para aprender um novo esporte, desenvolvendo desde cedo mobilidade, flexibilidade, equilíbrio e consciência corporal, que são a base do desenvolvimento do nosso trabalho hoje. Por exemplo, uma pessoa que vai aprender natação – eu já fui professora de natação também (risos). A criança vai e faz o que você pede. O adulto, ele afunda como um prego, porque não consegue relaxar. Ele já está com traumas, medos e inseguranças que bloqueiam seu aprendizado.

QR: Gabi, como foi a experiência de fazer parte da Confederação Brasileira de Golfe?

TC: Acho que é um grande reflexo, um grande presente por tudo que a gente construiu, ser chamada para esse cargo de alta importância do golfe. Então, para nós, é extremamente gratificante fazer parte disso, poder treinar os atletas de alto rendimento do Brasil e levar eles para um outro nível de desempenho. É bem diferente você trabalhar com uma pessoa que procura qualidade de vida, que quer jogar golfe no final de semana, do que você trabalhar com um atleta de ponta, que pode vir a representar
o nosso país em uma Olimpíada – como já foi o caso de uma aluna nossa, a Victoria Lovelady. Somos muito gratas por esse reconhecimento e ficamos muito felizes com esse convite, e entendemos a responsabilidade desse trabalho.

QR: Dani, quais são os projetos para o futuro?

TC: Bom, agora é saber administrar esse crescimento do nosso negócio, ter por perto as pessoas certas. Já temos planejados dois torneios anuais e abriremos clínicas no interior e em alguns condomínios importantes de Praia e Campo, para atender nossos clientes em outras regiões também. O objetivo é se tornar e se manter como referência do golfe em São Paulo.

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