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São Fernando Golf Club: um dos campos mais tradicionais e desafiadores de São Paulo

Resgatamos sua história e conversamos com Gabriela Arantes, profissional do golfe e sócia do clube, para descobrirmos dicas valiosas para superar os maiores obstáculos do campo

Ilustração do campo de golfe do São Fernando

Fundado em dezembro de 1954, o São Fernando Golf Club é um dos mais tradicionais clubes de golfe do Brasil. Localizado em Cotia, na região metropolitana de São Paulo, o espaço celebrará 70 anos de história neste ano, consolidando-se como uma referência no esporte brasileiro.

A história do São Fernando Golf Club teve início com um grupo de jogadores que pertenciam ao São Francisco Golfe Clube, em Osasco, cujo campo era de propriedade particular e sua sede era a própria residência do dono das terras. Os frequentadores, porém, achavam que precisavam fundar outro clube, dessa forma, tinham a tarefa de encontrar um terreno grande, plano e perto de São Paulo.

Fernando de Almeida Nobre Filho e sua irmã, Maria Elisa Nobre Caldas Cortese, eram proprietários de uma grande área no município de Cotia, denominada Fazenda Caiapia. Sabendo dessa procura, resolveram doar 23 alqueires para que fosse construído o tão sonhado clube de golfe e, passado algum tempo, foram comprados mais oito alqueires de um vizinho, totalizando 31 alqueires.

O campo de golfe recebeu o nome do pai dos doadores do terreno, Dr. Fernando de Almeida Nobre, eternizando assim a contribuição da família na história do local. O projeto do campo foi desenvolvido e delineado por um especialista americano que residia em Buenos Aires: Luther Koontz, autor de vários projetos para campos de golfe em clubes da América do Sul e que também colaborou com Alister MacKenzie na construção do campo do Jockey Club, em San Isidro.

“Essa área é realmente magnífica para um campo de primeira categoria. Contém elevações, planícies, ondulações, rio, lago e está rodeada por morros, tudo se prestando para fazer um ótimo local para a prática do golfe”, disse Luther Koontz em um evento de apresentação do projeto. O início da construção, com os trabalhos de terraplanagem e drenagem, começou em 21 de abril de 1955.

Hoje, o campo do São Fernando Golf Club é considerado um dos melhores de toda a América Latina.

“Será o melhor campo de golfe do mundo? Não, pois não há duas pessoas que estejam de acordo sobre qual o melhor campo. Mas, ele será esplêndido e uma boa prova de jogo de golfe para todos e, com o tempo, um dos mais lindos da América do Sul”, previu Koontz.

O projeto do campo era inicialmente de 18 buracos com extensão de 6.500 jardas e par 71. Durante a
construção, foram previstos os tees para a disputa de campeonatos, o que aumentou o comprimento para 6.600 jardas sem alterar o par.

Conhecido por seu ambiente exclusivo e infraestrutura de alto padrão, o São Fernando Golf Club é um ponto de encontro de golfistas e entusiastas do esporte, oferecendo uma experiência de jogo excepcional em um ambiente sofisticado e acolhedor.

São Fernando Golf Club: um lugar repleto de história

Pelo campo já passaram e foram formados grandes nomes do golfe brasileiro, mas para esta edição convidamos para um bate-papo a Gabriela Arantes, profissional e empresária da academia de golfe Tiro Certo, que temos o prazer de patrocinar. Referência no esporte atualmente, ela compartilhou conosco dicas valiosas para vencer os desafios deste campo de golfe. Para Gabriela, que considera o São Fernando sua própria casa, “é importante ressaltar que o jogo nesse campo é longo. Dependendo da sua categoria serão 36 ou 54 buracos, por isso, você deve estar preparado não só tecnicamente, mas também mentalmente”.

Dicas da pro: para o pré-jogo

Gabriela Arantes ressalta a importância do atleta se programar com antecedência, “é fundamental ver o horário do seu tee time e chegar no clube com pelo menos duas horas de antecedência”, conta a atleta. Em relação à alimentação, antes do torneio, ela recomenda um café da manhã equilibrado e sem pressa.

Uma boa rotina pré-torneio baseia-se em um bom aquecimento. Gabriela conta que “o aquecimento é
primordial para você aumentar o fluxo sanguíneo para os músculos, promovendo maior flexibilidade e amplitude de movimento ao longo do swing”. Outra vantagem do aquecimento é que ele ativa e engaja os músculos, reduzindo o risco de tensões, entorses e outras lesões. Entre os exercícios recomendados, Gabriela destaca o treino de putter, sendo imprescindível para conhecer a velocidade do green.

Outra vantagem do aquecimento é a preparação emocional dos atletas. Os exercícios colaboram tanto na parte física quanto na mental, “o aquecimento ajuda você a ter equilíbrio, permitindo que você se concentre melhor durante o jogo”.

Antes de ir para o campo a nossa profissional indica um treino de pré-tacada “em nenhum momento você faz duas tacadas iguais, por isso, não adianta realizar várias tacadas seguidas sem visualizar a jogada que você deseja”. Sendo assim, o ideal é: se alinhar e visualizar a tacada que será executada. Gabriela ainda reforça, “foque em ter bons contatos com a bola e quando isso acontecer perceba sua sensação para conseguir reproduzi-la no campo”.

Gabriela Arantes, uma expert do golfe

Dicas da pro: “bora” para o campo

A dica para o buraco 2, por exemplo, apesar de ter o lago na esquerda, é focar em uma tacada para essa
direção, porque a direita tem muitas árvores que impossibilitam uma tacada direta para o green. O ideal é
colocar a bola entre o lago e o meio do fairway.

Para o buraco 3 é o hcp stroke 1, sendo este o mais difícil do campo por se tratar de um buraco comprido e com água dos dois lados. Encarar ele como par 5, mesmo sendo par 4, seja uma boa opção. Além de sair do tee com uma tacada mais conservadora.

No buraco 9, apesar dele ser reto, o green é elevado e tem caídas difíceis. Para esse momento do jogo, é importante ficar atento ao posicionamento da bandeira para realizar a tacada para o green.

Já o buraco 12, que é um par 3 bem desafiador por ter água em todo lado direito e OB – out of bounds-do lado esquerdo. Mesmo que a bandeira esteja do lado direito, é melhor não tentar atacá-la, devido ao risco de ir para a água.

Outros dois buracos que merecem atenção, na opinião de Gabriela, são os de número 14 e 17. O buraco 14 é um par 4 com água dos dois lados também, por isso, se o atleta tiver um handicap alto, vale ser mais conservador. Já o buraco 17 pede cautela por ser um par 5 bem comprido, com água ao lado direito e cross bunker no lado esquerdo.

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