A jovem de 13 anos, moradora de Jundiaí, vem se destacando cada vez mais nas competições de tênis. Sua trajetória com o esporte se iniciou logo após a pandemia, quando a família de Isabelle se mudou para a cidade e o condomínio em que passaram a morar possuía uma excelente estrutura com quadras de tênis. Entre partidas e treinos, Isabelle compartilha como o esporte entrou em sua vida: “Comecei a jogar tênis em Jundiaí, no começo era apenas um passatempo, uma forma de praticar algum esporte. Eu treinava uma vez por semana, jogando de forma descontraída, como uma brincadeira”.
Com a participação em torneios, a paixão pelo esporte cresceu, levando Isabelle a focar nas competições paulista e brasileira. O que começou como um hobby foi se tornando cada vez mais sério, com treinos diários, alimentação equilibrada e dedicação aos estudos. Atualmente, ela disputa ambos os torneios e ocupa a 18ª posição no ranking paulista e a 90ª no brasileiro.
“Acho que a dinâmica do esporte foi o que fez eu me apaixonar. Gosto muito porque é bem diferente dos outros esportes. Acho que isso é o que o torna muito legal”, conta a tenista. Além da vontade de se dedicar cada vez mais ao tênis, Isabelle compartilha os diversos benefícios que a prática esportiva trouxe para a sua rotina. “Acho que me ajuda a ficar menos ansiosa, porque, quando estou jogando, elimino todo o resto. Fico focada no que eu mais gosto de fazer”, explica Isabelle.
Para Cristiane Prado, mãe de Isabelle, o tênis trouxe uma grande transformação na vida da filha, não apenas em termos de desenvolvimento esportivo, mas também no fortalecimento de valores como responsabilidade, disciplina e autonomia. Ela acredita que o esporte tem sido fundamental para o crescimento pessoal de Isabelle, ajudando-a a se tornar mais resiliente e a enfrentar desafios com mais determinação.
Uma família que acredita no esporte
A história do esporte na família começou muito antes da geração de Isabelle. Jonas Agnaldo, pai da tenista, compartilhou sobre essa história: “O tênis na família começou com o meu pai. E ele sempre falava que o tênis era um esporte onde ele conseguia ter amigos que jamais teria sem praticar o esporte. Ele disse: ‘Fiz muitas amizades e queria que você também jogasse.’ Comecei a jogar com 13 anos. E na época, outros esportes tinham mais sucesso, como vôlei e futebol, mas quando comecei com o tênis, até por poder acompanhar meu pai, eu tive essa sensação única. É um esporte diferente. Primeiro, porque ele é um esporte individual. É só você ali. Então, ele tira de você a energia que você nem sabe que tem”.
Já Cristiane, mãe da tenista, teve uma trajetória diferente no esporte, mas sempre fez questão de incentivar os filhos a praticarem alguma modalidade. “Eu, diferente do Jonas, nunca joguei tênis. Eu jogava vôlei. Sempre tive o esporte na minha vida. Então, quando meus filhos nasceram, eu olhava e falava: ‘Vai praticar algum esporte’. Porque esporte é vida. Independente da Isabelle ser tenista ou não no futuro — porque ela tem o sonho de ser tenista — o esporte ensina tanta coisa na vida”, conta Cristiane.
Um esporte repleto de desafios
Um dos momentos mais marcantes da trajetória de Isabelle no esporte aconteceu em um torneio brasileiro, quando precisou enfrentar um jogo extremamente tenso sem a presença dos pais e do técnico. A partida foi longa e disputada, terminando com um placar apertado de 15 a 13. Ao final, a emoção tomou conta e ela chorou de alívio e felicidade pela vitória. Sua mãe, Cristiane, relembra o impacto desse momento: “Ela me ligou chorando e eu, desesperada, sem saber o que havia acontecido. Perguntei se ela tinha perdido a partida, e ela respondeu: ‘Não, mãe, eu ganhei’. Então falei ‘Nossa, filha, por que você está chorando tanto assim?’. E ela disse que foi devido à pressão durante o jogo. Com apenas 12 anos, ela jogou sozinha, em um torneio brasileiro, contra uma adversária que tinha torcida e os pais presentes, enquanto ela estava sem ninguém ao lado. Foi um desafio enorme, mas um aprendizado para a vida”.
O futuro no tênis
“Para nós, é um orgulho”, contam os pais da tenista. Entre os objetivos de Isabelle estão subir no ranking dos torneios e continuar treinando para se tornar uma grande atleta. “Hoje, para nós, com o desenvolvimento do que está acontecendo com ela, existe a dificuldade de conciliar tudo: a minha agenda profissional e da Cristiane, a escola, os torneios, a distância”, destaca o pai de Isabelle.
Apesar dos desafios, ele ressalta que a família tem conseguido equilibrar as responsabilidades. “Dentro do possível, estamos conseguindo atender a todas as demandas. Ela continua indo super bem na escola, evoluindo no tênis, tanto na parte técnica quanto tática. Então, estamos muito felizes. Esse esporte trouxe uma alegria enorme para a família”, complementa Jonas.
Cristiane, mãe da tenista, também reforça: “Quando ela me diz que quer ser tenista, eu sempre falo: ‘Filha, na vida você pode ser o que quiser, desde que se esforce e corra atrás dos seus objetivos.’ O tênis exige muito. Você tem que abrir mão de muitas coisas e se dedicar de verdade. Mas, independentemente do futuro, o esporte traz lições essenciais para a vida. O tênis, em particular, ensina responsabilidade, resiliência e como lidar com a pressão e os desafios, muitas vezes de forma solo, porque no tênis é você contra você mesma. Eu realmente acredito que é um dos esportes que mais ensina”.
A tenista incentiva as crianças que desejam seguir no esporte e destaca a importância da persistência. Quando perguntada sobre qual conselho daria para quem está começando no tênis, ela reforça: “No começo é difícil, mas não desista, porque é muito bom”.
Isabelle tem grandes planos no tênis e já está focada em seus próximos desafios. “Meu objetivo é jogar um torneio sul-americano, o COSAT, ganhar mais experiência e subir no ranking”, afirma a jovem tenista, determinada a evoluir e conquistar novos espaços no esporte.
